A alta no preço dos ovos é sentida pelos consumidores em Santa Catarina. Alguns relatam que o produto chega a custar o dobro que o normal em alguns estabelecimentos. Os produtores culpam o aumento nos insumos e dizem que não deve haver queda no valor em curto prazo.
“Eu estou achando um absurdo. Antes a gente comprava por até R$ 3 em oferta, agora está o dobro. Tem lugar que a dúzia de ovos está R$ 8. É um absurdo nesta época de pandemia. Acho que tem gente se aproveitando da situação”, disse o aposentado Enio Stahlhofer.
Antônio Sal Santo é produtor há mais de 20 anos e tem uma propriedade em Cordilheira Alta, no Oeste, de onde saem cerca de 12 mil dúzias de ovos por dia. A granja tem quase 300 mil aves. Ele falou que o custo do milho e da soja para alimentar os animais aumentou consideravelmente.
“Os últimos três anos, foram de arrepiar. Nós não conseguimos ganhar dinheiro. Estávamos trabalhando no limite. Este ano, houve exceção. Melhorou o preço, mas também os insumos subiram. Hoje estamos pagando o m ilho a R$ 52 a saca. E o farelo de soja a R$ 1.700 a tonelada”, disse.
O preço acabou refletindo no consumidor final. “Os fornecedores aumentaram aí de 15% a 20% e estamos repassando para os clientes. Sempre nesta época do ano acontecem esses aumentos, só que neste ano foi exageradamente”, disse o supervisor de loja José Adir Campos.
Em um supermercado de Chapecó, a bandeja com 20 ovos custa R$ 11,99. Outra com 30, custa 19,99. É o mesmo preço do quilo do meio da asa do frango. Já na carne bovina, a ponta do peito, por exemplo, custa 21.
Na granja de Antônio, não há previsão de queda nos preços. “A produção de ovos oscila. Tem a curva, sobe, desce. Mas a perspectiva que temos, de estudos de agora, é se manter por um ano, um ano e meio nesse preço, nesse patamar de preço”, afirmou.
Fonte: G1
