FOTO: HELENA MARQUARDT/DAV
Pouco mais de uma semana após a retirada dos radares eletrônicos da BR-470 no Alto Vale, o excesso de velocidade voltou a preocuparem alguns pontos, como é o caso do trevo que dá acesso à Trombudo Central. Por este motivo, prefeitos do Alto Vale participaram de uma audiência com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na manhã desta quarta-feira (27), em Florianópolis, onde reivindicaram a construção de uma nova rotatória ou um elevado no local, para que os índices de acidentes não voltem a subir.
Para a proprietária de uma mineradora que fica próxima ao trevo, Márcia Regina Ferreira Barchfeld, todo cuidado para atravessar o trevo agora é pouco.
“Quem tem que ter cuidado agora somos nós, porque o excesso de velocidade está voltando, ainda que alguns motoristas ainda estão muito cuidadosos, não aconteceu ainda nenhum acidente após a remoção das lombadas, mas preocupação a gente tem, só que precisamos esperar uma solução, vamos ver o que será resolvido”.
Ela disse ainda, que uma rotatória no local seria o ideal para evitar acidentes.
“Eu acho que ao invés de lombadas eletrônicas, a rotatória seria a melhor solução, porque as lombadas de vez enquanto estavam estragadas, era difícil passar 15 dias que uma ou a outra não estavam estragadas, e os motoristas só respeitavam mesmo porque funcionava. Então para nós uma rotatória seria o ideal. Já era pra ter sido instalada antes de ter sido as lombadas, sempre foi nosso desejo, já fizemos manifestação no trevo pedindo uma rotatória, mas hoje a burocracia não deixa as coisas acontecerem”.
Implantadas em 2013, as lombadas no local faziam com que a velocidade fosse reduzida a 50km/h, facilitando a passagem de veículos que saiam e entravam na cidade e evitando assim acidentes graves, que antes ocorriam com frequência no local.
De acordo com a prefeita Geovana Gessner, em 2018, assim que ouviu rumores de que as lombadas seriam retiradas, já procurou os órgãos competentes para ver o que podia ser feito. Na última semana, ela e o prefeito de Atalanta, Juarez Miguel Rodermel, o Sassá, estiveram no DNIT de Rio do Sul, onde receberam a notícia de que o projeto já estava no Estado para análise e que provavelmente seria uma nova rotatória. “No ano passado já protocolamos junto ao DNIT relatando essa preocupação de nossa comunidade e cobrando medidas urgentes no trevo, com uma possível rotatória”.
Na manhã de quarta-feira (27), na audiência com o DNIT em Florianópolis, acompanhada do prefeito de Braço do Trombudo, Nildo Melmestet, a prefeita disse que cobrou a construção de uma rotatória no local, mas como o processo burocrático é moroso, pediu uma medida paliativa para que a velocidade volte a ser reduzida até lá.
“Nós estamos refazendo os ofícios de forma que eles entendam melhor, mas foi muito produtiva a audiência. O superintendente do DNIT Ronaldo Carioni Barbosa nos acompanhou e nos atendeu muito bem, mas nos disse que para fazer uma rotatória ou um elevado, é preciso fazer um estudo e ele sabe que vai levar um determinado tempo para isso acontecer por conta da burocracia. Então em dez dias, ele nos dará uma medida do estudo do que eles vão conseguir fazer. Talvez seja uma lombada física, talvez a religação das lombadas eletrônicas no trevo, algo nesse sentido, uma medida paliativa para conseguirmos ter um tempo para realizar o estudo, porque a imprudência já está muito grande lá no trevo”.
O prefeitos de Agrolândia, Urbano José Dalcanale e de Atalanta Juarez Miguel Rodermel, o Sassá, não puderam participar da audiência mas estão juntos reivindicando o pedido. Agora, uma nova audiência está marcada para abril, desta vez em Brasília, para levar a ideia adiante.
“Temos também marcado em Brasília um novo encontro, para o mês de abril, onde tomaremos essas medidas. Mas estamos confiantes, junto com nosso deputado Jerry Comper, de que teremos um retorno positivo do superintendente”.
Ela finalizou dizendo que a intenção é oferecer mais segurança para quem passa pelo trecho.
“Nossa intenção é que seja oferecida mais segurança para os motoristas que trafegam pela rodovia e utilizam o trevo. Passam diariamente por ali milhares de veículos, transportando trabalhadores, estudantes, matéria prima para as indústrias locais, bem como toda a produção do nosso município e dos da região. Por estas razões, queremos que as medidas sejam tomadas o quanto antes, evitando que algo de mais grave aconteça com alguém”.
