Um dia após ver parte da casa no bairro Ferrovia pegar fogo, a grávida de nove meses, Bruna de Oliveira Mendes, de 23 anos, com ajuda dos parentes e do marido Maicon dos Santos, de 26 anos, selecionava roupas e objetos em meio ao entulho. Pouca coisa deu para aproveitar, dentre os itens perdidos, o enxoval do bebê.
O casal, que tem três meninas (7, 4 e 2 anos) e espera a quarta já para os próximos dias, mora de aluguel social, pois há alguns meses teve de sair do bairro Morro Grande por que a área onde moravam, era de risco.
A casa de madeira, com pouco mais de 60 metros quadrados, não queimou totalmente porque os bombeiros agiram rápido. Por sorte, ninguém se feriu e a outra casa que fica no mesmo terreno não foi atingida.
Agora, começa a busca por ajuda e tudo que for arrecadado vai aliviar a tragédia da família. Maicon trabalha na Malke e sustenta a família com um salário-mínimo. Nesta segunda, Bruna vai procurar a Defesa Civil para tentar arrumar outro local para morar. Eles estão passando a noite no salão da igreja Bom Jesus.
O incêndio aconteceu no final da tarde de sábado e a casa fica na rua Gomes Carneiro. “Quando escutei os gritos da minha mulher peguei o botijão de gás e joguei para fora da casa. Poderia ter sido pior. Os bombeiros chegaram rápido”, desabafa Maicon. (Correio Lageano)