Rui Car
14/10/2017 09h05 - Atualizado em 14/10/2017 08h59

“Presto atenção em Bolsonaro e Ciro Gomes”, afirma Gelson Merisio

"São os únicos que fazem uma conversa propositiva e reta"

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Moacir Pereira - Diário Catarinense

Moacir Pereira - Diário Catarinense

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O governador Colombo já comunicou quando vai renunciar?
O governador foi eleito para quatro anos. Tem desejo, e é natural que dispute a eleição para o Senado. Essa decisão tomada, o prazo de saída é abril de 2018. Não antes disso.

 

O PSD só aceita renúncia em abril?
Acredito que é uma grande contribuição que o governador possa dar ao Estado e ao Brasil disputando eleição ao Senado. O prazo é o da lei: final de março ou começo de abril.

 

O vice-governador Eduardo Moreira tem reiterado que não assume se Colombo deixar o governo só em abril.
É uma decisão dele. A Constituição prevê: se o vice não assumir será eleito um novo governador pela Assembleia. Vamos aguardar os fatos. Primeiro é preciso saber se o governador vai mesmo renunciar. Segundo, se o vice vai efetivamente assumir. A partir destas duas decisões, nós teremos a nossa.

 

O senhor tem candidato preferencial à Presidência da República?
Estou prestando muita atenção nos movimentos do Jair Bolsonaro e do Ciro Gomes. Embora em polos opostos, estão com discursos retos, conversando com os jovens. É preciso prestar atenção, pois são os únicos que fazem uma conversa propositiva e reta.

 

O PSD não apoiará o governador Geraldo Alckmin, do PSDB?
Eu terei dificuldades para fazê-lo, a menos que o PSDB também esteja conosco aqui. Estamos construindo uma eleição para o governo e evidente que o afinamento com o projeto nacional vai ocorrer.

 

Coligação aqui no Estado com o PMDB está mesmo descartada?
Não estaremos com o PMDB. Respeitamos seu tamanho, compreendemos sua candidatura, mas esperamos que entendam a nossa. Estamos em troca de ciclo político. É bom que se mude a aliança construída há 16 anos. Algo novo se começa com nova aliança.

 

E aliança com o PSDB no Estado?
O PSDB está muito atrelado ao PMDB. E isso nos afasta. Deixamos as portas abertas para um diálogo construtivo, ainda não concluído.

 

Quando o cenário estará definido?
Acredito que no final do ano, com o quadro nacional mais claro.

 

O senhor vislumbra algum nome novo para presidente da República?
Quem está falando hoje uma linguagem clara, compreensível ao eleitor são o deputado Jair Bolsonaro e o Ciro Gomes. Se surgir um terceiro será fato novo. Os demais tem as mesmas práticas e falas. Contudo, se a economia crescer bem em 2018, o ministro Henrique Meirelles poderá ser uma opção.

 

Algum fato novo em Santa Catarina?
É a nova aliança que estamos construindo. Temos projeto de um novo ciclo, sem nome consolidado. Isso é novo em Santa Catarina. Vamos começar o processo eleitoral sem cartas marcadas, como no passado.

 

Por que o senhor quer ser governador?
Por acreditar que minha experiência na iniciativa privada e no Legislativo em 15 anos de gestão pública possa fazer a diferença, um enxugamento da máquina pública, a redução do tamanho do Estado e da ampliação e melhoria dos serviços com médicos nos postos de saúde, professores na sala de aula e segurança com policiais nas ruas.

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