Policiais vistos recolhendo fardos de cerveja e colocando em uma viatura às margens da BR-470 estavam agindo para evitar um novo saque, afirmou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois agentes tirando as caixas do acostamento e colocando em uma caminhonete. Na narração, uma pessoa chega a insinuar que eles estariam furtando a carga. A instituição, porém, desmente essa acusação e afirma que ambos evitaram que novos crimes fossem cometidos no local.
Em nota, a PRF disse ainda que os policiais interromperam o saque que estava ocorrendo por pessoas e que ambos atuaram para “salvar parte da carga que ainda estava intacta, com apoio de bombeiros militares”. O objetivo, ainda conforme a instituição, foi de desestimular que novos furtos acontecessem após a saída das equipes de segurança do local do acidente — que deixou um caminhoneiro morto na tarde desta terça-feira (27), em Pouso Redondo.
A mercadoria recolhida foi levada até o pátio do guincho conveniado em Rio do Sul. Ainda de acordo com a nota da PRF, a carga está à disposição do proprietário, que pode retirá-lo do local quando bem entender. “A PRF lamenta profundamente que algumas pessoas da sociedade tenham tomado conclusões precipitadas e que tenham espalhado versões falsas em redes sociais, tentando desabonar a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência”, completa a instituição.
Pessoas ignoraram corpo de caminhoneiro para saquear carga
Imagens compartilhadas nas redes sociais após o acidente que matou Leandro Dornelles, 49 anos, na BR-470, em Pouso Redondo na manhã desta terça-feira (27), mostram dezenas pessoas saqueando a carga de cerveja que era transportada pelo veículo. Duas mulheres aparecem nas imagens passando ao lado do corpo carregando fardos da bebida.
O caminhoneiro Valdomiro Abreu ficou preso no bloqueio da rodovia quase de frente à cena do acidente, registrado por volta das 9h desta terça-feira (27). Ele fez uma série de vídeos onde homens também aparecem levando cerveja embora. Alguns chegam a olhar para os lados, como se estivessem preocupados em serem flagrados. Um deles chega a andar pelo acostamento com seis caixas nos braços.
Alguns riem enquanto saqueiam a carga ao lado também da equipe do Corpo de Bombeiros.
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Fonte: Augusto Ittner / Jornal de Santa Catarina / NSC Total