Rui Car
11/02/2023 08h27

Prima de jovem morta em Ituporanga descreve vítima: “pessoa maravilhosa e atenciosa”

Familiar disse que relacionamento era conturbado e rebateu alegação que a vítima abandonaria os filhos

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Reprodução

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Delta Ativa

O caso de feminicídio registrado nesta semana em Ituporanga, causou comoção não só em Santa Catarina, mas também fora do estado. Familiares de Jéssica Batista, morta no domingo (5), relataram a dor pela perda da jovem, que era natural de Pernambuco.

 

Era uma pessoa maravilhosa, sempre atenciosa, sempre falava com a gente e achamos muito estranho ela ter desaparecido. Por que até então, ela nunca deixou de nos responder, ela sempre respondia a gente”, afirmou a prima Cícera Vanessa da Silva, em entrevista à NDTV.

 

Sobre a declaração dada pelo principal suspeito do crime, de que a mulher foi embora para morar com outro homem sem os filhos, não aceita pelo delegado de Polícia Civil, Cícera também rechaçou a possibilidade.

 

Qual mãe não vai atrás do seu filho? (…) Ela sempre cuidou muito bem dos filhos dela (…). Por isso que ela foi para aí também, para ir atrás de um deles”, contou

 

Em entrevista, a prima confirmou que um dos filhos seria de outro relacionamento e que o suspeito teria ido morar em Ituporanga antes dela. Os dois se reencontraram em Santa Catarina e acabaram reatando a relação, de acordo com a testemunha.

 

Ela não soube dizer há quanto tempo os dois se conheciam, mas confirmou que o relacionamento era conturbado. “Ela tinha me relatado que não estava bem e que ela estava querendo ir embora, mas com as crianças”, disse.

 

Família estava em Santa Catarina a trabalho

 

Jéssica Batista era natural de Ipubi (PE), enquanto o seu companheiro seria da região de Petrolina (PE). Conforme a prima Cícera, o homem teria ido morar em Ituporanga para trabalhar na agricultura, enquanto Jéssica ficava em casa para cuidar das crianças.

 

Nas redes sociais, outra prima da jovem chegou a fazer uma campanha para angariar recursos que possibilitassem o translado do corpo. O objetivo era fazer o velório e o sepultamento em Pernambuco, pois a vítima não tem outros familiares em Santa Catarina.

 

Porém, conforme apurado pela reportagem da NDTV, o valor necessário não foi atingido e o transporte não ocorreu. O corpo foi sepultado em Ituporanga e o caso segue sob investigação da Polícia Civil.

 

*Contribuiu a repórter Gabriela Szenczuk

 

Fonte: ND+
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