Rui Car
03/02/2017 22h34 - Atualizado em 04/02/2017 07h55

Primeiro passo para resolver problema dos partos é dado em Taió

Audiência Pública envolveu diversos setores da sociedade

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Um passo adiante. Assim pode ser definida a Audiência Pública sobre a realização de partos via SUS no Hospital de Taió, realizada na noite dessa sexta-feira, dia 03, na Câmara de Vereadores.

 

Na oportunidade, profissionais médicos, promotoria pública, sociedade civil, prefeito e vereadores puderam se manifestar sobre os principais problemas que levam a cidade de Taió a não conseguir atender a todas as parturientes no Hospital e Maternidade Dona Lisette. Sobre o termo de Ajustamento de Conduta, o TAC, ficou decidido de antemão que será ajustado, pois não atende as atuais demandas.

 

Médicos obstetras, ginecologistas e pediatras, além de clínicos gerais, se colocaram a disposição para ajudar a resolver este problema. Porém, exigem a presença de um anestesiologista. Para tal, segundo Ursula Hosang, ex-presidente do Hospital, a Prefeitura teria que arcar com cerca de R$ 30.000,00 a R$ 35.000,00 por mês.

 

Dados técnicos sobre os gastos na saúde de Taió foram apresentados pelo Secretário de Administração e Finanças, Endri Vicenzi. Dentre eles, os gastos do município com a manutenção do Pronto Atendimento, Samu, ESF’s e outros pontos necessários mantidos pela Prefeitura. Com tudo isso, cerca de 23% da arrecadação já está sendo investido na saúde, impossibilitando o gasto com o profissional da anestesia.

 

Das decisões mais importantes da Audiência, três merecem destaque. A primeira delas é a de visitar o Hospital de Timbó, que há alguns anos, privatizou a gestão e passou de deficitária a superavitária em pouco tempo. A segunda é a de que uma nova reunião foi marcada pra o próximo mês entre os principais envolvidos para a continuidade das tratativas. E a terceira, e talvez mais importante, é a de que o município pagará por uma espécie de auditoria, para que façam um trabalho em Taió. Uma empresa privada, ainda a ser decidida através de licitação, estará na cidade e fará um diagnóstico geral sobre a saúde pública. Seja ela hospital, secretaria de saúde, ou qualquer órgão ligado ao ramo.

 

Portanto, esse foi o primeiro passo para o entendimento geral entre as partes. Resta agora a população esperar os próximos dias para acompanhar o segundo passo dessa caminhada que está prestes a chegar na sua linha final.

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