Rui Car
09/12/2021 11h26

Procon multa rede de postos de combustíveis por propaganda enganosa

Consumidor procurou o Ministério Público após se sentir lesado pela empresa ao não conseguir descontos

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Foto: Carlos Jr. / ND

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Uma rede de postos de combustíveis com atuação nacional foi multada pelo Procon de São Bento do Sul, no Planalto Norte de Santa Catarina, por propaganda enganosa. Isso porque a empresa oferece descontos por meio de um aplicativo, mas um consumidor da cidade não conseguiu usá-los para abastecer e teve de pagar o valor integral do produto.

 

A apuração começou quando um consumidor da cidade procurou o Ministério Público para denunciar o caso. Segundo ele, a rede disponibiliza um aplicativo que concede descontos de até R$ 0,20 por litro, mas que não tem funcionado no momento do abastecimento.

 

Além da própria experiência, o cliente reuniu relatos de outros consumidores por todo o país e enviou ao MP. O órgão, por sua vez, passou à demanda ao Procon, que apurou a situação e aplicou multa de R$ 60 mil à empresa.

 

Há inúmeros consumidores reclamando que o aplicativo não funciona, que está fora do ar quando vai abastecer. O consumidor enche o tanque e sempre tem que pagar o valor cheio, nunca com o desconto”, explica Allison Ricardo do Prado, diretor do Procon de São Bento do Sul. Diante disso, a prática pode ser considerada propaganda enganosa.

 

Antes da aplicação da multa, o órgão tentou a conciliação, buscando a empresa para obter explicações sobre o problema. No entanto, segundo o Procon, a Raízen S.A. (Shell Brasil) não compareceu e protocolou informações fora do prazo.

 

A empresa já entrou com recurso, que será encaminhado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município. Caso a multa, aplicada de acordo com o faturamento da empresa, seja paga, os recursos serão destinados ao órgão de defesa do consumidor.

 

Allison explica que consumidores que se sentiram lesados podem solicitar cópias do processo junto ao órgão caso queiram entrar na Justiça. A reportagem procurou a empresa, mas até o fechamento desta matéria, às 10h50, não houve resposta.

Fonte: Juliane Guerreiro / ND+
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