Rui Car
14/03/2017 14h30 - Atualizado em 14/03/2017 10h19

Produtores de cebola fazem protesto em Atalanta

Assistência Familiar Alto Vale
Delta Ativa

Produtores de cebola realizaram nesta terça-feira um protesto em frente a agência do Banco do Brasil em Atalanta, o ato contou com apoio do Sindicato de Produtores Rurais de Atalanta juntamente com a Secretaria de Agricultura, e ocorreu a partir das 9h onde os agricultores com máquinas se organizaram e se concentraram de frente a agência, fechando a rua e fazendo a distribuição gratuita de cebola para quem passava pelo local.

 

O ato ocorreu em oito municípios do Alto Vale do Itajaí, sendo em Ituporanga, Aurora, Atalanta, Petrolândia, Leoberto Leal, Imbuia, Alfredo Wagner e Vidal Ramos

Em Santa Catarina, maior produtor do País, 13 mil pequenos agricultores cultivaram 21 mil hectares e colheram uma supersafra de 580 mil toneladas de cebola. A colheita iniciou em outubro e foi encerrada em dezembro passado.

 

Além da grande produção interna, o mercado nacional foi inundado – em especial, o Nordeste brasileiro – com cebola importada da Holanda. O resultado foi a queda dos preços.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, informou em comunicado que o preço mínimo de garantia do governo está fixado em R$ 0,61 o kg, mas o custo de produção é de R$ 0,70/kg, enquanto o produto é negociado a apenas R$ 0,50/kg no mercado.

 

“Os produtores catarinenses estão vivendo uma forte crise de renda. A grande oferta gera uma queda no preço e uma desleal concorrência com produtos importados da Europa. A importação da cebola atingiu 334,7 mil toneladas”, ressalta no comunicado o presidente do Sindicato Rural de Ituporanga, Arny Mohr.

 

Os produtores reivindicam a prorrogação dos financiamentos de crédito rural. Esse financiamento vence 90 dias após a colheita. A Faesc solicitou ao governo que, além da prorrogação dos financiamentos, os produtores não sejam declarados inadimplentes. Assim, poderão contratar nova operação de crédito para a próxima safra. Outras medidas reivindicadas são a tributação da cebola importada e o aumento do preço de garantia do programa de agricultura familiar de R$ 5 mil para R$ 10 mil.

DAV

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