Rui Car
02/05/2019 09h07

Professora de Taió larga profissão para se dedicar a trabalhos voluntários

Sindel Torres de 23 anos está em Vargeão de passagem e ficará por um ano prestando serviços sociais

Assistência Familiar Alto Vale
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Se dedicar ao próximo nem sempre foi prioridade na vida de Sindel Torres. Antes de tudo isso acontecer, a jovem de 23 anos, atuava como professora em sua cidade natal, Taió. A vegana apaixonada por animais se formou em pedagogia em 2016 e, desde então, começou a exercer sua profissão em sua cidade, durante um ano. A rotina passou a ser cansativa, pois ela achava que poderia ir mais além do que fazia.

 

Após isso, Sindel passou a sofrer com depressão e se afastou por cinco anos da igreja que frequentava. Depois de dois anos, retornou à igreja para poder melhorar e passou a conhecer os trabalhos voluntários que a mesma oferecia. “Eu não me sentia útil e achava que eu precisava fazer algo mais, não bastava eu viver a minha rotina e ir para a igreja e pronto. Para mim não era o suficiente, pois Deus nos chama, ele diz que a gente precisa ir”, conta.

 

Sindel, então, decidiu sair da sua zona de conforto e da casa dos pais para se dedicar ao próximo. “Quando a gente está em casa e tem conforto, é fácil, mas quando a gente tem isso, nós não vemos a necessidade dos outros”. A jovem saiu de sua cidade na companhia de um grupo de sua igreja, para prestar serviços sociais em Vargeão.

 

O grupo chegou à cidade em fevereiro e, desde então, busca ajudar a população através do projeto OYIM – One Year in Mission (um ano em missão, em inglês), do qual 16 jovens de diferentes estados brasileiros, participam. “Esse é o meu primeiro ano como voluntária e, depois daqui, se tudo der certo, vou participar de outro projeto que faz parte da Adra, que é uma instituição da nossa igreja. Nesse projeto, ficarei por um mês prestando auxilio às comunidades indígenas em Rondônia”, diz com orgulho.

 

Chegada dos jovens do projeto OYIM em Vargeão (Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação)

 

Mesmo estando longe da família e dos amigos, Sindel nunca se sente sozinha, pois ao decorrer dos dias e meses em que está fora de casa, conhece pessoas novas e faz novas amizades com quem pode chamar de família.

 

A professora relata que foi incentivada por uma pessoa para entrar no grupo de missões e que essa pessoa teve grande contribuição para a a sua decisão de vir para Vargeão.

 

“Ano passado eu participei de um programa chamado I Will Go (eu vou, em inglês). Esse projeto aconteceu em Maringá (PR) e eu pude acompanhar palestras sobre missões, onde acabei conhecendo uma pessoa que era missionária. Foi através dela que eu tive um conhecimento aprofundado sobre os projetos. Agregou muito na minha vida”.

 

Sindel conta que a mudança de rotina a ajudou para que ela visse a vida com outros olhos. “Todas as pessoas que eu conheci estão sendo importantes na minha vida. Estar aqui está sendo totalmente diferente do que eu imaginei que seria e nunca pensei que eu pudesse participar desse projeto que agora faço parte. A nossa visão sobre muitas coisas muda diante disso, nos fazendo enxergar situações, pessoas e momentos, de outra maneira”.

 

Grupo realizando trabalhos voluntários em Vargeão (Fotos: Arquivo pessoal/Divulgação)

 

ADRA

É uma organização privada, não governamental e sem fins lucrativos de objetivos assistenciais, beneficentes e filantrópicos, que foi estabelecida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, em 1984.

 

Com presença em 130 países, a Adra executa projetos de desenvolvimento comunitário e de assistência humanitária sem qualquer distinção política, racial, religiosa, de idade, sexo ou de etnia. 

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