Rui Car
17/09/2020 15h29 - Atualizado em 17/09/2020 15h30

PT decide votar pelo impeachment de Moisés e pedir “diretas já”

A posição foi definida em uma tensa reunião da bancada com membros do diretório estadual na manhã desta quinta (17)

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Bancada do PT vai votar a favor da abertura do processo de impeachment (Foto: Rodolfo Espínola, Agência AL/Divulgação)

Bancada do PT vai votar a favor da abertura do processo de impeachment (Foto: Rodolfo Espínola, Agência AL/Divulgação)

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A bancada do PT na Assembleia Legislativa vai votar unida a favor da abertura do processo de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL) e da vice Daniela Reinehr (sem partido). A posição foi definida em uma tensa reunião da bancada com membros do diretório estadual na manhã desta quinta-feira e tem tudo para selar o destino do atual governo. Os petistas devem fazer um apelo pela renúncia coletiva de Moisés e Daniela para acabar com o processo e forçar a realização de eleições diretas para sucessão dos cargos.

 

Sem pelo menos três dos quatro petistas, dificilmente Moisés alçará os 14 votos necessários para barrar a abertura do processo no plenário da Alesc na votação que será realizada na tarde desta quinta-feira. A posição do partido foi discutida em reuniões nas últimas semanas e a bancada estava dividida entre os que consideravam que o impeachment baseado na equiparação salarial dos procuradores estaduais era um golpe parlamentar e entre os que entendiam que Moisés perdera as condições políticas de governar. 

 

Prevaleceu, no entanto, o temor de que a após uma possível sobrevivência em plenário o governo desse uma guinada rumo ao bolsonarismo, tentando restabelecer os laços rompidos com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na votação do relatório da comissão especial do impeachment, terça-feira, o líder do PT, Fabiano da Luz, havia votado favorável ao texto do relator Luiz Fernando Vampiro (MDB) e de Jessé Lopes (PSL) que pedia a abertura dos processos, mas o petista afirmou em seguida que isso não condicionaria o voto em plenário.

 

Todas as articulações de Moisés na busca dos 14 votos previam apoio da maior parte da bancada petista. Ele se empenhou pessoalmente nessas conversas e estava otimista quanto ao resultado. Com a bancada do PT, o governador chegaria a 10 votos e esse número foi apresentado ao senador Jorginho Mello (PL) e a possíveis dissidentes na bancada do MDB, inicialmente fechada com o impeachment. Essa movimentação, aliada a apoios do PSL a candidaturas em Joinville, Criciúma, Chapecó e Lages, fez com que o Centro Administrativo chegasse otimista à manhã desta quinta-feira sobre a possibilidade de impedir a aprovação da abertura do processo. Sem os votos do PT e com dificuldade de atender parte dos apoios prometidos, a conta de Moisés não fecha.

 

FONTE: NSC

 

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