Rui Car
02/12/2020 08h35

Quadrilha ficou em Criciúma por pelo menos três meses para planejar assalto a banco, indica investigação

Peritos da Polícia Civil começam a identificar os detalhes de roubo violento no Sul de Santa Catarina

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Assalto a banco em Criciúma teria sido planejado pela quadrilha nos últimos meses (Foto: Diorgenes Pandini/Diário Catarinense)

Assalto a banco em Criciúma teria sido planejado pela quadrilha nos últimos meses (Foto: Diorgenes Pandini/Diário Catarinense)

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As primeiras investigações em busca da quadrilha que assaltou uma agência do Banco do Brasil em Criciúma na madrugada de terça-feira (01) indicam que os criminosos ficaram na cidade no Sul de SC por pelo menos três meses. A estadia durante esse tempo teria servido para que eles preparassem a ação.

 

 

A informação foi revelada pelo perito-geral do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Catarina, Giovani Eduardo Adriano, em entrevista ao Diário Catarinense na noite de terça. Giovani coordena o trabalho da equipe do IGP que atua na investigação junto com a Polícia Civil.

 

— Não é uma coisa que aconteceu da noite para o dia [o planejamento do assalto]. Nós temos uma expectativa de que eles já estavam na região pelo menos há 3 meses se organizando para praticar esse crime — declarou.

 

Questionado pela reportagem sobre quais indícios apontavam para essa hipótese, Giovani afirmou, sem dar mais detalhes, que “tem algumas coisas que estão nos levando a chegar a essa conclusão inicial”. Ele ponderou, no entanto, que a confirmação dessa suspeita ainda depende do desenrolar da investigação policial.

 

A quadrilha de assaltantes promoveu uma noite de terror em Criciúma. Conforme a polícia, cerca de 30 homens encapuzados atuaram no assalto à agência bancária. A ação teve início no fim da noite de segunda (30), por volta das 23h50min, e se estendeu ao longo da madrugada desta terça.

 

 

Os criminosos provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos à cidade, atiraram contra o Batalhão da Polícia Militar e usaram pessoas como escudos – a polícia estima que entre 10 e 15 pessoas foram feitas reféns, seis delas funcionários do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma da Prefeitura de Criciúma que pintavam faixas.

 

Um policial militar ficou ferido. Ele voltava para o batalhão quando foi baleado. O agente está internado em estado grave e passou por três cirurgias.

 

Bandidos usaram explosivos e maçaricos para acessar sala-cofre dentro do banco

 

Desde a madrugada de terça, peritos do IGP atuam dentro da agência bancária alvo do assalto para entender a dinâmica da ação dos criminosos e buscar vestígios que possam levar à identificação deles.

 

Segundo o perito-geral do IGP, Giovani Eduardo Adriano, os assaltantes usaram explosivos e maçaricos para arrombar portas no interior do prédio e chegar até uma sala-cofre onde estava armazenado o dinheiro que buscavam. A quantia levada pelos bandidos não foi informada.

 

Equipamentos usados pelos criminosos serão periciados pela polícia

Equipamentos usados pelos criminosos serão periciados pela polícia (Foto: Diorgenes Pandini/Diário Catarinense)

Ainda conforme Giovani, os peritos também encontraram “uma série de vestígios biológicos” dos bandidos que estão sendo armazenados e serão encaminhados ao laboratório central de Santa Catarina na tentativa de encontrá-los.

 

Procedência dos veículos ainda é investigada

 

Dez carros usados pelo bando durante o assalto foram encontrados pela polícia na cidade vizinha de Nova Veneza. Eles passaram por uma perícia inicial, externa, e foram levados para a Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Criciúma para passarem por exame mais detalhado. A procedência dos veículos ainda é investigada.

 

Peritos devem identificar em breve a procedência dos carros usados na fuga após o assalto

Peritos devem identificar em breve a procedência dos carros usados na fuga após o assalto (Foto: Diorgenes Pandini/Diário Catarinense)

— A perícia vai fazer essa investigação. Nós vamos pegar os chassis dos veículos e tentar identificar a origem deles. A gente não tem isso ainda. Foi feito só um trabalho preliminar externo. Hoje ainda (terça) ou amanhã (quarta), a gente vai conseguir afirmar se são veículos clonados ou foram furtados em outras regiões do Brasil.


POR: GUILHERME SIMON / DIÁRIO CATARINENSE – NSC


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