Rui Car
01/08/2019 09h55 - Atualizado em 01/08/2019 09h28

Quanto gastaram os deputados federais de Santa Catarina de janeiro a julho de 2019

De janeiro a julho, deputados federais consumiram R$ 2 milhões da verba de cota parlamentar

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Por Jean Laurindo - NSC

Por Jean Laurindo - NSC

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Os deputados federais de Santa Catarina gastaram juntos pouco mais de R$ 2 milhões de janeiro a julho deste ano. Os custos fazem parte da cota que cada parlamentar tem direito para despesas como passagens aéreas, aluguel de carros, telefonia, combustíveis e outros gastos para exercer a atividade legislativa.

 

O número é 37% menor do que o gasto pelos deputados catarinenses da legislatura anterior no mesmo período do primeiro ano de mandato, em 2015. Na ocasião, os 16 deputados e dois suplentes que ocuparam o cargo consumiram R$ 3,2 milhões da cota de despesas.

 

Se comparados com 2018, último ano de mandato da legislatura anterior, a redução é maior: 41%. Nos primeiros sete meses do ano passado, os 16 deputados e um suplente que exerceu o cargo gastaram R$ 3,5 milhões.

 

 

A média de cada parlamentar também diminuiu. Nos sete meses de 2019, ficou em R$ 129 mil para cada um dos 16 deputados de SC. A cifra é 29% menor do que o registrado em 2015, primeiro ano da legislatura anterior. A média de cota gasta por parlamentar foi de R$ 182 mil.

 

Na comparação entre os deputados da atual legislatura, o parlamentar que mais gastou recursos da cota foi Fabio Schiochet (PSL). O deputado consumiu R$ 215,4 mil entre janeiro e julho.

 

No detalhamento dos gastos, o aluguel de carros foi o responsável pelo maior gasto de Schiochet nesses sete meses, com despesa total de R$ 56,7 mil. Consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos (R$ 49,1 mil) e emissão de passagens aéreas (R$ 47,1 mil) foram os outros dois gastos principais do parlamentar.

 

O deputado Fabio Schiochet (PSL) cita as viagens que fez pelo Estado durante esses sete meses como o principal motivo de ter registrado o maior valor entre os parlamentares catarinenses. Segundo ele, foram 157 municípios percorridos, em visitas que renderam liberações de emendas. Ele diz que retorna ao Estado toda quinta-feira e argumenta que os gastos se justificam porque são revertidos com uma atividade parlamentar mais presente. Schiochet sustenta ainda que o aumento das passagens aéreas após a crise da Avianca também contribuiu para os gastos maiores na cota parlamentar.

 

– De nada adianta ter um gabinete apenas de gabinete. Esse dinheiro é para o deputado ir para as bases, rodar, conhecer as necessidades – argumenta.

 

No outro extremo da lista, o deputado federal Gilson Marques (Novo) foi quem menos consumiu recursos da cota parlamentar entre os parlamentares catarinenses. Foram R$ 34,6 mil gastos entre janeiro e julho.

 

A maior despesa registrada foi com passagens aéreas: R$ 12,4 mil. A manutenção de escritório de apoio consumiu R$ 11,3 mil. Os demais gastos ficaram abaixo da marca de R$ 4 mil.

 

 

Marques lembra que a economia de recursos é uma bandeira do Novo e que, segundo ele, estimula os outros deputados a conterem gastos, o que teria contribuído para a redução de valores de cota no quadro geral.

 

O deputado afirma que renuncia também a outros benefícios como auxílio-aluguel e locação de veículos e garante que todas as passagens aéreas até janeiro do próximo ano já estão compradas, conforme planejamento prévio. Segundo o deputado, a atividade parlamentar não fica prejudicada pelas despesas da cota evitadas no mandato.

 

– Se eu consigo provar que posso fazer um bom trabalho sem esses benefícios todos, mostro que precisamos de menos impostos. Se precisamos de menos impostos, o dinheiro fica mais no bolso do contribuinte – afirma. Os dados são da página da Câmara dos Deputados até 30 de julho.

 

As despesas no Senado

Somando as despesas dos deputados às dos três senadores catarinenses, os gastos das cotas parlamentares da bancada catarinense em Brasília chega a R$ 2,5 milhões. Juntos, os três representantes de SC no Senado consumiram R$ 483,1 mil entre janeiro e julho deste ano.

 

Jorginho Mello (PL) foi quem mais gastou, com R$ 188,9 mil, e Dario Berger (MDB) teve o menor valor de despesas, com R$ 131,9 mil. Esperidião Amin (PP) usou R$ 162,2 mil da cota.

 

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