Rui Car
05/02/2018 14h00 - Atualizado em 05/02/2018 13h32

Rio do Sul lidera ranking de doação de órgãos

Para ser doador não é necessário deixar documento por escrito

Assistência Familiar Alto Vale
Assessoria de Imprensa

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O município de Rio do Sul, em proporção com o número de habitantes e pacientes, lidera um ranking estadual importante no setor da Saúde. Os dados registrados podem servir de exemplo para todos os municípios do Brasil. Em 2017, o Hospital Regional Alto Vale conseguiu 19 efetivações de doação de órgãos depois do diagnóstico de morte encefálica do paciente, das 22 entrevistas que realizou com as famílias de possíveis doadores.

 

“Isso é fruto de um trabalho bem estruturado por uma equipe de funcionários do Hospital Regional Alto Vale. Eles realizam um acolhimento muito bem feito com as famílias. E depois de tirarem todas as dúvidas sobre morte encefálica e entender a importância do gesto eles permitem a doação dos órgãos e ajudam a salvar muitas vidas”, explicou o diretor-técnico do Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, Marcelo Gambetta. 

 

Para manter o índice elevado de famílias que permitem a doação dos órgãos – 82% em Rio do Sul, o hospital adota uma série de critérios antes de entrevistar os familiares do paciente que recebeu o diagnóstico de morte encefálica.

 

“Antes de conversar com as famílais o hospital faz diversos testes com o paciente para verificar a morte encefálica. Algumas causas de morte encefálica são mais conhecidas como o acidente vascular cerebral, o traumatismo no crânio e a parada cardíaca. Aqui não morrem mais pessoas em comparação a outros hospitais. O diferencial é a forma como fazemos os testes e como conversamos com as famílias”, destacou o diretor técnico do HRAV.   

 

Para ser doador não é necessário deixar documento por escrito. Basta autorização dos familiares, após o diagnóstico de morte cerebral. É preciso que as pessoas superem as barreiras de diversas naturezas e manifestem aos familiares o desejo de serem doadoras. E esse desejo precisa estar bem explícito para a família.

 

“O ideal é criar uma cultura de doação independente da situação. Se você não está a todo o momento relembrando da necessidade, isso acaba sendo esquecido. A gente percebe uma predisposição maior sempre nos momentos durante e imediatamente após as campanhas de doação de órgãos. É importante conscientizar a população que doar é um ato de amor, e que ao doar um órgão a pessoa está ajudando outras que também estão passando por um momento difícil”, disse Marcelo.

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