Rui Car
23/01/2023 14h07 - Atualizado em 23/01/2023 14h28

Saiba por que ponte na BR-470 entre Ibirama e Apiúna será licitada pelo dobro do valor

Estrutura com mais de 50 anos será revitalizada com construção de novos pilares, alargamento da pista e calçada para pedestres

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Ponte entre Ibirama e Apiúna, na BR-470 necessita de reparos (Foto: Gabriela Szenczuk / NDTV)

Ponte entre Ibirama e Apiúna, na BR-470 necessita de reparos (Foto: Gabriela Szenczuk / NDTV)

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No último dia 13 de janeiro, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) publicou um novo edital para revitalizar a ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II, no km 112 da BR-470. A estrutura fica no limite entre as cidades de Ibirama e Apiúna.

 

A estrutura foi alvo de cobranças por parte de entidades de classe do Alto Vale do Itajaí pelos sinais visíveis de precariedade e desgastes. No próprio edital para licitar a obra, o órgão descreve que a ponte possui trincas, rachaduras, infiltrações e erosão.

 

É a terceira vez que o órgão tenta realizar obras de reparo na estrutura, que é uma das piores em estado de conservação em Santa Catarina.

 

A reportagem do ND+ se debruçou sobre o edital lançado na sexta-feira (13) e o principal detalhe do projeto é o montante que será pago à empresa vencedora do certame, que é eletrônico: R$ 15.040.187,01. Tal valor sofreu acréscimo devido ao aumento recente dos valores de insumos, mão-de-obra e construção civil.

 

A ponte

 

O documento diz que a data da construção da ponte é incerta, porém o órgão estima que a obra foi projetada e construída em meados da década de 1960.

 

O levantamento da data foi feito a partir do padrão de estrutura, que é compatível com os padrões da época. Após concluída, a estrutura passou a ser monitorada por vistorias periódicas desde 1982.

 

A empresa vencedora da licitação, que está aberta para propostas até 14 de fevereiro, terá que fazer reparos generalizados na estrutura existente, em especial no terceiro e no quarto pilar, que estão em estado mais crítico.

 

Fotos divulgadas pelo DNIT revelam pilares e cabeceira em situação precária - DNIT/Reprodução/ND

Foto: DNIT / Reprodução

Projeto da obra prevê construção de terceiro pilar, alargando pista da BR-470 - DNIT/Reprodução/ND

Foto: DNIT / Reprodução

Fotos divulgadas pelo DNIT revelam pilares e cabeceira em situação precária - DNIT/Reprodução/ND

Foto: DNIT / Reprodução

 

O projeto

 

Com o intuito de diminuir a pressão do peso sobre os pontos existentes, o projeto prevê ainda que a empresa contratada terá que construir uma nova sequência com um terceiro pilar à esquerda, no sentido Alto Vale, que se soma aos já existentes.

 

Com a nova sequência de pilares, diz o documento assinado pelo órgão, o peso sobre a pista ficaria melhor dividido. O projeto prevê ainda o alargamento da pista de 9,4 para 15,2 metros.

 

Outro ponto trazido pelo edital é o reforço das estruturas de concreto armado, com novas vigas de tratamento no terceiro e no quarto pilar no sentido Blumenau-Alto Vale. Estes são os pilares que apresentam situação mais crítica, de acordo com técnicos do órgão.

 

Projeto da obra prevê construção de terceiro pilar, alargando pista da BR-470 - DNIT/Reprodução/ND

Projeto da obra prevê construção de terceiro pilar, alargando pista da BR-470 - DNIT/Reprodução/ND

Projeto da obra prevê construção de terceiro pilar, alargando pista da BR-470 - DNIT/Reprodução/ND

 

Um reforço nas cabeceiras, que também se encontram em situação crítica devido à erosão natural causada pelas águas do Rio Itajaí-Açu, também será providenciado nas duas margens do rio.

 

Na ponte, será implantado pela primeira vez uma faixa para acostamento de 2,5 metros em cada lado da rodovia, bem como uma calçada a ser usada pela comunidade local. A passagem para pedestres será criada sobre a nova coluna de pilares a ser construída.

 

O prazo para envio das propostas continua até 14 de fevereiro. O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) estima que o tempo de duração da obra seja de um ano e meio, após a etapa de contratação. O edital prevê seis meses iniciais de estudos e análises, seguidos de nove meses para obras e execução dos trabalhos.

 

Fonte: ND+
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