Rui Car
09/11/2020 17h15 - Atualizado em 09/11/2020 17h28

Santa Catarina pode testar vacina contra Coronavírus desenvolvida na Itália

A proposta é que a UFSC viabilize os testes, e possa atuar na produção das vacinas no futuro

Assistência Familiar Alto Vale
Vacinação (Foto: Tiago Ghizoni, Arquivo NSC)

Vacinação (Foto: Tiago Ghizoni, Arquivo NSC)

Delta Ativa

Uma iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-Itália com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesc) pretende trazer a Santa Catarina a fase 3 de testes da vacina italiana contra a Covid-19. A proposta é que a UFSC viabilize os testes, e possa atuar na produção das vacinas no futuro.

 

A vacina italiana é desenvolvida por empresas privadas europeias em parceria com o Istituto Nazionale Malattie Infettive Lazzaro Spallanzani, que tem sede em Roma e laboratório na região do Vêneto. Atualmente, o desenvolvimento está na fase 2, quando os testes são feitos em um grupo limitado de voluntários.

 

Santa Catarina poderia entrar na última etapa de testes, quando é necessário um número bastante expressivo de aplicações para atestar a eficácia da imunização.

 

Na sexta-feira (07), o reitor da UFSC, Ubaldo Balthazar, acompanhado do Pró Reitor de Pesquisa e da Diretora da Secretaria de Relações Internacionais da universidade, participou de uma primeira reunião sobre o tema com o deputado Ismael dos Santos (PSD), que é mebro da Comissão de Saúde do Legislativo.

 

O reitor pediu que seja formalizado um documento com detalhes sobre quais demandas poderiam ser atendidas pela universidade, para que a questão seja discutida com pesquisadores da área.

 

O deputado Ismael diz que, diante da instabilidade política do Estado, a proposta já está sendo tocada no âmbito do Legislativo – mas a ideia é que o Governo de Santa Catarina entre no processo. Para o parlamentar, contam a favor de SC a grande quantidade de descendentes de italianos, estimada em 67% da população, e a situação da pandemia no Brasil, com o vírus em alta circulação.

 

Segundo Diego Mezzogiorno, conselheiro da Câmara Italiana de Comércio e Indústria de Santa Catarina, a vantagem da vacina italiana em relação a outras que estão em desenvolvimento no mundo é a parceria público-privada. Como as pesquisas ocorrem com investimento público, a distribuição, se confirmada, ocorrerá sem fins lucrativos e com custo estimado mais baixo do que o das vacinas comerciais.

 

A Itália pretende iniciar a imunização em massa em janeiro do ano que vem.

 

POR: DAGMARA SPAUTZ – NSC

 

Participe de um dos nossos grupos no WhatsApp e receba diariamente as principais notícias do Portal da Educadora. É só clicar aqui.

Justen Celulares