Rui Car
22/04/2020 09h44

Santa Catarina tem 1,3 mil casos de dengue, mais que o dobro do ano passado no mesmo período

Doença teve um salto no número de casos de contaminação local em 15 dias

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Santa Catarina tem 1.339 casos de dengue confirmados neste ano. O número representa mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando o Estado contabilizava 564 ocorrências da doença. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça as orientações de prevenção para evitar a doença.

 

Os dados estão disponíveis no último boletim da Vigilância Entomológica do Aedes aegypti e Situação Epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus, divulgado pela Secretaria da Saúde nesta última semana.

 

Segundo gerente de Zoonoses da SES, João Fuck, o cenário é preocupante. “As equipes da Secretaria da Saúde monitoram diariamente a situação da doença no Estado, acompanhando e auxiliando tecnicamente os municípios nas ações a serem realizadas. Mas, mais uma vez, é importante reforçar que todos precisam fazer a sua parte para controlar a proliferação do mosquito. É preciso eliminar locais que possam acumular água e que sirvam de criadouro para o Aedes aegypti”, salienta.

 

Com relação aos casos autóctones, aqueles contraídos dentro do estado, Santa Catarina contabiliza 1.110 registros. O que representa um aumento de 120% em relação ao boletim anterior, divulgado 15 dias atrás, quando eram 503 casos confirmados. Apenas Joinville tem 608 ocorrências autóctones, o que representa 54,8% do total.

 

Dois municípios do Oeste estão em condição de epidemia: São Carlos e Coronel Freitas. A caracterização de epidemia ocorre pela relação entre o número de casos confirmados e de habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos por 100 mil habitantes. Em São Carlos, a taxa é de 593,9 e em Coronel Freitas, é de 430,8.

 

O que é dengue?

 

É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada.

 

A primeira manifestação da dengue é febre alta (39° a 40° C) de início repentino, que tem duração de dois a sete dias, associada a dor de cabeça, fraqueza e dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas na pele estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir rosto, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ser registrados.

 

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti

 

• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;

• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

• Mantenha lixeiras tampadas;

• Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

• Mantenha ralos fechados e desentupidos;

• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

• Retire a água acumulada em lajes;

• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;

• Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

• Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

• Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

• Caso apresente sintomas, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

 

Fonte: O Município

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