Rui Car
10/05/2022 09h09

Santa Catarina tem o gás de cozinha mais caro do Sul do Brasil

Moradores de Florianópolis que recebem um salário mínimo gastam 70% do valor em alimentação e gás

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Arquivo / Divulgação

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Santa Catarina tem o preço médio do gás de cozinha mais caro do Sul do Brasil. O valor médio do Estado é de R$ 122,77. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo), levando em conta a semana do dia 1º a 7 de maio de 2022. Outros valores ainda causam estrago no bolso dos catarinenses.

 

Ainda na pesquisa, o valor do gás de cozinha no Rio Grande do Sul é apontado como R$ 112,16 e Paraná como R$: 113,97. Já no ranking nacional de preços do produto, o Estado fica na oitava colocação.

 

Somado às despesas no bolso dos catarinenses, o preço da cesta básica nas capitais do Brasil calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), aponta que Florianópolis tem como preço médio  R$ 745,47. O valor representa 61,5% do salário mínimo, que hoje é de R$ 1,212.

 

Os alimentos básicos e o gás para cozinhá-los já representam 70% do valor do salário mínimo dos moradores de Florianópolis.

 

Segundo dados da Udesc (Universidade de Santa Catarina), em abril o grupo alimentação e bebidas apresentou um aumento de 1,63%. No mês anterior, março, o valor foi de 1,53%. A pesquisa aponta ainda que o leite longa vida subiu 14,74%¨. A batata inglesa subiu 33,61% e o morango 26,13%.

 

Região Sul já vem sentindo impactos

 

Dados da pesquisa de comportamento e economia no pós-pandemia da CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontam que região Sul 76% da população diz ter sentido que aumentaram muito os preços nos últimos seis meses. Outros 15% disseram que aumentou pouco e 6% que ficou igual.

 

O peso na conta de luz, por exemplo, atingiu 57% da população que precisou destinar mais dinheiro para pagar esta conta. Ainda outros 58% registraram que precisam destinar mais dinheiro para gás de cozinha, outros 54% com arroz e feijão, 53% tiveram mais despesas com combustíveis e 52% na compra de frutas e verduras.

 

Fonte: Ana Schoeller / ND+
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