As granjas de suínos e aves continuam recebendo uma ração mínima e ainda não há o registro oficial de morte de animais pela falta de suprimentos, apontou o governo de Santa Catarina em uma nota na tarde deste domingo, dia 27.
“No sétimo dia de paralisação dos caminhoneiros, Santa Catarina direciona esforços para manter a vida e evitar o sofrimento de milhões de animais”, diz um trecho do texto.
Desde o início da paralisação dos caminhoneiros, o governo do estado solicita o apoio dos grevistas na liberação das cargas de ração para alimentação animal e de cargas vivas. Há inclusive um adesivo da Defesa Civil identificando os caminhões que levam ração e, para garantir que essas cargas cheguem ao destino, a Polícia Militar está realizando escoltas até as propriedades rurais.
“A estratégia do Comitê Integrado de Crise, com a compreensão dos grevistas, tem se mostrado muito eficiente. Tanto que, até o momento, não temos registro oficial de morte de animais causada por falta de comida”, ressalta o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.
Com os estoques de ração acabando, a partir deste domingo, a demanda do setor do agronegócio é por milho e farelo de soja. O secretário Spies explica que esta será uma nova fase de trabalho, focada em levar insumos para que as fábricas possam produzir ração.
Maior produtor nacional de suínos e segundo maior produtor de aves do Brasil, o estado possui mais de 210 milhões de animais alojados em granjas. As agroindústrias consomem em média de 22,5 mil toneladas de ração por dia e, para que o alimento chegue até as granjas, são necessários dois mil caminhões circulando pelo estado diariamente. Durante a paralisação dos caminhoneiros, as agroindústrias e produtores rurais trabalham com uma ração mínima para alimentar o rebanho.