Rui Car
15/12/2021 10h45

SC tem alto risco de transmissão de dengue, zika e chikungunya; veja cidades

Nos municípios classificados como médio e alto risco, a ocorrência de surtos ou epidemias das doenças é maior

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Foto: Prefeitura de Chapecó / Divulgação

Foto: Prefeitura de Chapecó / Divulgação

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Santa Catarina tem dez municípios infestados com o mosquito Aedes aegypti que apresentam alto risco de transmissão de dengue, zika e febre de chikungunya, segundo levantamento da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) divulgado nesta terça-feira (14).

 

Os dados do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti) também mostram que 54 municípios (46,6%) apresentam médio risco e 52 (44,8%) baixo risco de transmissão das doenças transmitidas pelo mosquito.

 

A pesquisa, realizada em novembro, inspecionou mais de 52 mil locais com água parada, que são potenciais criadouros do mosquito. Os principais tipos de recipientes foram pratinhos de plantas e baldes (38,3%), lixo e sucata (31,4%) e os recipientes fixos como calhas e piscinas (13,1%).

 

Número de municípios com alto risco de transmissão aumentou em SC – Foto: Dive/Divulgação/ND

Municípios com alto risco de transmissão:

 

Bom Jesus do Oeste;

Chapecó;

Formosa do Sul;

Irati;

Modelo

Quilombo;

Riqueza;

Romelândia;

São Carlos;

Tunápoles.

 

A relação completa dos municípios de baixo e médio risco estão no boletim do LIRAa.

 

Nos municípios classificados como médio e alto risco, a ocorrência de surtos ou epidemias das doenças é maior. “Com essa situação, é fundamental a intensificação das ações de controle envolvendo outras áreas da gestão municipal e da sociedade, a fim de eliminar ou adequar locais que possam acumular água”, destaca Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive.

 

Quando comparados com os dados do mesmo período do ano passado, houve um aumento no número de municípios considerados de médio risco, que passou de 35% para 46,6% dos municípios.

 

Além disso, os dados demonstram um aumento significativo nos municípios classificados em alto risco. Em novembro de 2020, cerca de 1% do municípios se enquadraram nessa classificação, enquanto neste ano houve um salto para 8,6% de cidades.

 

Redobrar cuidados

 

Os municípios considerados infestados pelo mosquito devem realizar o levantamento duas vezes ao ano, conforme definido na Estratégia Operacional do Estado. Nesse ano, 116 municípios participaram da atividade.

 

“O boletim nos mostra que é preciso reforçar os cuidados, como manter os quintais limpos e descartar corretamente o lixo. Apesar de esses recipientes serem os mais comuns, não podemos esquecer também dos outros. É importante manter a caixa d’água fechada e as calhas limpas, por exemplo’’, comenta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

 

Prevenção

 

O controle do Aedes aegypti ainda é a melhor estratégia para evitar a transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus. A Dive elenca alguns cuidados fundamentais.

 

 – Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;- guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

 

 – Mantenha lixeiras tampadas;

 

 – Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

 

 – Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

 

 – Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;- mantenha ralos fechados e desentupidos;

 

 – Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

 

 – Retire a água acumulada em lajes;

 

 – Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;

 

 – Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

 

 – Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

 

 – Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

 

 – Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

 

Fonte: ND+
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