Foto: Divulgação / Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Cerca de 78% das famílias catarinense assumiram estar endividadas, de acordo com PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência para Santa Catarina). A taxa de inadimplência também foi avaliada neste cenário, com dado maior que a média nacional em SC. Os números foram divulgados nesta terça-feira (4) pela Fecomércio.
Segundo a pesquisa de maio para junho o índice de endividados aumentou 5,7% em SC, atingindo 77,6%. Essa foi a maior variação mensal desde novembro de 2021 e é o quarto mês consecutivo de alta, com crescimento médio de 3% em 2023.
São consideradas famílias endividadas aquelas que têm compromissos futuros com contas previstas a pagar, como parcelamento, cartão de crédito e financiamento. Diferente das inadimplentes, que são consideradas as famílias que assumiram pagamentos e não conseguem pagar.
Arte: Fecomércio / Divulgação
A taxa de inadimplência expressa apresentou a nona variação positiva consecutiva em junho, atingindo 31,3% dos catarinenses. O valor é recorde e substitui o antigo pico da série histórica, 29,7% de outubro de 2019.
A nível nacional, a inadimplência atingiu a marca dos 29,2%, ou seja, a taxa de inadimplentes em SC está 2 pontos percentuais acima da do Brasil. Desde março de 2020 que o percentual de famílias inadimplentes em SC ficava acima da média nacional.
“Importante ressaltar que fatores como a retomada das atividades econômicas ao longo dos dois últimos anos, e a maior sensação de segurança financeira das famílias expresso pela constante elevação do Índice de Consumo das Famílias (ICF) – em junho, o ICF cresceu pelo décimo quinto mês consecutivo, conforme relatório anterior da Fecomércio SC – acabaram por impulsionar o uso do parcelamento para a manutenção dos gastos de consumo”, destacou a nota da Fecomércio junto à divulgação da pesquisa.
Dívidas dos catarinenses em junho de 2023:
Financiamento de casa 9%
Crédito Consignado 10,3%
Financiamento de carro 8,9%
Cheque Especial 11,4%
Crédito pessoal 12,3%
Carnês 29,6%
Cartão de crédito 87,3%
Outras dívidas 1,7%
