Rui Car
20/09/2017 11h37 - Atualizado em 20/09/2017 10h07

Seca deve levar ao acionamento da bandeira vermelha em outubro

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O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse que a seca deve levar ao acionamento da bandeira vermelha no mês de outubro. Atualmente, vigora a bandeira amarela. Para decidir formas de atender à demanda de forma mais barata e eficiente, integrantes do governo e de órgãos do setor elétrico vão se reunir nesta terça-feira, 19, em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Seca deve levar ao acionamento da bandeira vermelha em outubro.

 

De acordo com Rufino, não está descartada a possibilidade de que seja acionado o segundo patamar da bandeira vermelha, que adiciona R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. No primeiro patamar, a taxa da bandeira vermelha é de R$ 3,00 a cada 100 kWh. Na bandeira amarela, a cobrança é de R$ 2,00 a cada 100 kWh, e na bandeira verde, não há taxa extra.

 

Para atender ao consumo sem que haja um forte aumento na conta de luz, o governo deve elevar a importação de energia oriunda da Argentina e do Uruguai. Se houver sobras nos países vizinhos, é possível que menos termelétricas sejam ligadas, reduzindo o custo global da energia no País. Rufino reconheceu, porém, que outras ações terão que ser adotadas.

 

O governo também estuda a possibilidade de realizar uma campanha publicitária de incentivo à economia de energia. “Então o sinal é: use a energia de maneira consciente e eficiente, de maneira a contribuir que tenhamos a necessidade de despachar o menor número de térmicas possível”, afirmou.

 

De acordo com relatórios meteorológicos que chegam ao governo, o solo da Amazônia está seco, o que impede a formação de nuvens que, depois, se convertem em chuvas no Sudeste e Centro-Oeste, onde estão os principais reservatórios das hidrelétricas do País.

 

Para piorar a situação, o mercado de curto prazo de energia não está funcionando dentro da normalidade em razão de centenas de liminares judiciais sobre risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês). Esse cenário não incentiva a entrada de agentes para atender a demanda de forma mais barata, como as usinas de biomassa, pois a guerra judicial impede o recebimento do pagamento integral pela energia gerada.

 

Estimativas apontam que as usinas de biomassa poderiam contribuir com algo entre 600 e 900 megawatts (MW) adicionais ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

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