O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná confirmou a segunda morte após deslizamento na BR-376, em Guaratuba (PR), ocorrido na noite desta segunda-feira (28).
Ao menos 20 veículos foram atingidos pelo deslizamento, sendo seis deles caminhões.
O corpo encontrado nesta terça-feira (29) já foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal). Segundo o portal RIC Mais, equipes da Polícia Científica já haviam sido acionadas para acompanhar os trabalhos no deslizamento caso mais corpos de vítimas fossem encontrados.
Não foi informado se a vítima era um caminhoneiro ou motorista de veículo. Também não foi divulgado se o corpo estava soterrado.
Por causa do solo encharcado e da chuva contínua, existe o risco de novos deslizamentos, o que coloca os bombeiros e os demais profissionais que participam da operação em perigo. Mais de cem agentes, entre bombeiros e policiais do Paraná e de Santa Catarina, participam da força-tarefa.
Identificada a primeira vítima da tragédia
Na longa espera pelo resgate e identificação das vítimas soterradas às margens da BR-376, segunda-feira à noite (28), aos poucos os familiares vão reconhecendo por meio de fotos e vídeos os veículos no fundo do abismo e aguardam notícias já sem esperança de encontrá-los com vida.
A primeira vítima identificada e cujo corpo já foi liberado para sepultamento é do caminhoneiro José Maria Pires, de 60 anos. Imediatamente, a família reconheceu pelas primeiras imagens o caminhão com container vermelho que ele dirigia.
O empresário Maurício Rodrigo Alexandre, ex-genro do caminhoneiro, diz que a família está incrédula e acredita que ele tenha sobrevivido ao impacto da terra, mas na escuridão total, quando tentou sair da cabine, tenha caído na ribanceira. Porém, se Pires dirigia o caminhão que o vigilante patrimonial Eric Lemos Gonçalves escoltava – o ex-genro não tinha esta informação -, ele provavelmente foi arremessado com o impacto, conforme a testemunha descreveu.
Maurício diz que o ex-sogro, com quem conviveu por cerca de dez anos, era uma excelente pessoa, sempre muito alegre e divertido. O último contato que ele fez com a família foi por volta das 18h30 de segunda-feira (28), menos de uma hora antes da tragédia.
“Hoje ainda eu estava comentando que ele sempre quando chegava de viagem queria assar carne e tomar cerveja. Agora fica a saudade”, lamentou. Pires era casado, tinha cinco filhos e morava em São Francisco do Sul. O corpo já foi liberado e será velado e sepultado nesta quarta (30) em São José dos Pinhais, no Paraná.
Fonte: ND+