Rui Car
16/06/2017 14h07

Serra do Rio do Rastro continua com risco de deslizamentos um ano após estudo identificar pontos críticos

Iluminação está ruim e pavimento, danificado

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Por: Lariane Cagnini - Diário Catarinense

Por: Lariane Cagnini - Diário Catarinense

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Neste feriadão, a Serra do Rio do Rastro deve ser um dos destinos mais procurados pelos turistas em Santa Catarina. A estrada, porém, apresenta riscos além das dezenas de curvas e da pista simples. Existem pelo menos nove pontos de perigo para deslizamento de rochas, mapeados há um ano, mas por enquanto nenhuma medida de prevenção saiu do papel. A época de maior movimento no ano está prestes a começar, e quem trafega pelo trecho precisa ter atenção redobrada.

 

Um trabalho conjunto entre Defesa Civil e setor de engenharia civil do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) identificou locais com movimentação visível de rocha e onde já ocorreram deslizamentos em outros anos. O departamento contratou uma empresa para fazer o projeto e adequações foram solicitadas durante esse tempo. O plano de trabalho está concluído, mas o orçamento da obra deve levar mais 40 dias para ser finalizado, segundo a assessoria de comunicação do órgão. Depois de lançada a licitação, o trabalho só deve começar na primavera.

 

Trechos tiveram piora de danos

Para o coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, a solução definitiva para conter as movimentações de terra e rocha é fazer a contenção com telas nos pontos críticos. Desde a produção do relatório, no ano passado, alguns locais já apresentaram evolução no dano, principalmente após períodos de chuva como ocorrido no Estado recentemente. Árvores já estão inclinadas, pedras grandes se mantêm presas graças a alguns galhos e o risco é permanente.

 

– A situação de risco geológico de deslocamento das rochas continua, já houve um estudo do Deinfra para a solução desse problema, nós da Defesa Civil também já apresentamos propostas e soluções, o que falta agora é o investimento alto para poder fazer essa medida resolutiva de proteção de rochas – defende o coordenador.

 

Essa semana, a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Criciúma e a prefeitura de Lauro Muller iniciaram um trabalho conjunto para a limpeza das canaletas, roçada e operação tapa-buracos. A medida aumenta a segurança dos usuários da rodovia, e a partir de agora deve se tornar constante. Segundo o vice-prefeito Pedro Barp Rodrigues, um convênio deve ser firmado para que o Executivo assuma essa manutenção.

 

Foto: CAIO MARCELO / Especial
 

Iluminação está ruim e pavimento, danificado

A Serra do Rio do Rastro,  um dos cartões-postais do Estado, enfrenta outros problemas além do perigo dos deslizamentos de rochas. Os oito quilômetros que encantam os turistas são também utilizados para o transporte de carga, pois ligam a Serra ao Litoral catarinense. Entre veículos de todos os portes, a Polícia Rodoviária Estadual em Guatá estima que cerca de 2 mil passem por ali todos os dias. No final de semana, esse número pode chegar a sete mil. O trânsito intenso tem causado problemas na pavimentação.

 

– Enquanto não for feita uma fiscalização com relação a pesos nós vamos continuar tendo esse problema em toda a pista, acontecendo diversos desníveis e piorando cada vez mais, vertendo água no meio do asfalto por causa do excesso de peso — defende o Coordenador da Defesa Civil de Lauro Muller, Geraldo da Conceição.

 

Além dos problemas na pavimentação, a superintendência regional Sul do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) tem enfrentado outro desafio. O excesso de umidade da região causa danos nas instalações elétricas, que são subterrâneas, e há pelo menos uma semana a serra está às escuras. O responsável pelo departamento na região, Lourival Pizollo, diz que a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) deve realizar uma nova manutenção no prazo de duas semanas, e em até 45 dias, fazer uma reforma completa na iluminação.

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