Rui Car
06/04/2018 15h40 - Atualizado em 06/04/2018 14h59

Sindicato se pronuncia sobre paralisação de trabalhadores em malharia de Pouso Redondo

Sititev apoiou a mobilização e deve entrar com processo de rescisão indireta

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“Tem tanta coisa errada que não cabe num cartaz”, era o que estava escrito em um dos diversos cartazes que os trabalhadores da empresa Thauan, de Pouso Redondo, seguravam durante a paralisação que fizeram nesta quinta-feira. A mobilização, que contou com o apoio do Sititev, ocorreu após dois meses de salários atrasados, falta de depósito do FGTS e de pagamento do 13º e férias.

 

A presidente do Sititev, Zeli da Silva, conta que o próximo passo será entrar na justiça com o processo de rescisão indireta, que é como se o empregado demitisse o patrão por não cumprir sua parte no trato da relação trabalhista. Dessa forma, os trabalhadores poderão sacar o FGTS depositado e dar entrada no seguro desemprego.

 

Na tentativa de garantir o pagamento da dívida trabalhista, o Sititev já conseguiu bloquear 12 máquinas. “Eu parabenizo estes trabalhadores pela coragem de parar e exigir um direito básico. Estas pessoas estavam há dois meses sem receber, algumas relatam que a empresa está há quatro anos sem depositar o FGTS. Muitas estão passando dificuldades”, diz Zeli.

 

Zeli afirma que o Sititev deve intensificar as fiscalizações para impedir que outros trabalhadores passem pela mesma situação. “Eu acredito que a empresa que não tem competência, para fazer o mínimo, que é remunerar seus funcionários, não deve se estabelecer. Os trabalhadores que estiverem enfrentando problemas como este devem entrar em contato com o Sindicato”, finaliza.

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