Rui Car
22/06/2017 10h45 - Atualizado em 22/06/2017 09h22

“Situação está mais complicada do que nunca” diz diretor da Apad

O número de cachorros e gatos abandonados pelos donos triplicou após a enchente em Rio do Sul

Assistência Familiar Alto Vale
Jornal Alto Vale Online - Foto: APAD

Jornal Alto Vale Online - Foto: APAD

Delta Ativa

Passado um dos períodos mais críticos desde sua criação por causa das enchentes, a Associação Protetora dos Animais Desamparados (Apad) continua enfrentando dificuldades. Além das dívidas acumuladas em clínicas, que somam cerca de R$ 40 mil, o diretor financeiro da entidade, afirma que a situação está mais complicada do que nunca já que o número de cachorros e gatos abandonados pela região triplicou.

 

Jailson Losi, lembra que nas cheias que atingiram o Alto Vale, os poucos voluntários da ONG trabalharam 24 horas e conseguiram recolher diversas cadelas com filhotes e colocar em lares temporários, além de dar toda assistência necessária nos abrigos, mas o maior desafio está sendo enfrentado agora.  “Tivemos que colocar ninhadas inteiras em apartamentos, o que não é a condição ideal, mas foi nossa única opção naquele momento. Agora estamos fazendo o meio de campo através do Facebook para que as pessoas encontrem seus animais perdidos, mas a questão é muito complexa, já que a maioria foram mesmo abandonados pelos donos. A situação está mais complicada do que nunca.”

 

Como um grande números de cães e gatos estão abandonados pela região, Losi explica que a orientação da Apad é para que, principalmente a população, não maltrate os bichos quando os encontrar. “Esses animais são a consequência da negligência dos humanos então se você encontrar algum abandonado, ao invés de maltratar, procure colocar água, ração e fotografar e postar na página da Apad no Facebook e é o que podemos fazer no momento. Em relação ao acolhimento, sem estrutura e sem sede fica inviável. Infelizmente temos que deixar os animais vagando nas ruas.”

 

Ong ainda não conseguiu assinaturas suficientes para manter convênio

Faltando poucos dias para o prazo final determinado pela Celesc, a Apad ainda não conseguiu as 500 assinaturas necessárias para manter o convênio que autoriza doações para a entidade através da fatura de energia elétrica. Até o momento, pouco mais de 350 pessoas autorizaram as doações. “Caso a gente não alcance as 500 assinaturas vamos perder essa oportunidade única e este pode ser o fim da Apad porque não conseguimos mais manter os resgates apenas com as poucas doações que recebemos”, desabafou.  

 

Através da fatura de energia elétrica a comunidade pode doar mensalmente de R$ 3,00 a R$ 50,00 para faturas em nome de pessoas físicas e de R$ 5,00 a R$ 500,00 para faturas em nome de pessoas jurídicas.

 

O formulário está disponível para impressão no link http://bit.ly/ajudeapad e pode ser deixado em Rio do Sul na Aquários Bel na rua XV, Fan Player Games no Centro, Pet Shop Boutikão na Avenida Oscar Barcelos, Clínica Anjocão no Centro, Clínica Amiga Fiel na Rua Dom Bosco e Loja Tereza. Em Laurentino na Loja Loukas por Roupas e Salão da Caci. Em Ituporanga na Wash Lavanderia e em Ibirama na E-Lô Modas.

Justen Celulares