Rui Car
09/02/2023 14h42

Suspeito de matar empresário em Dona Emma continua ocupando cargo de vereador

Vereador suspeito do crime está com mandado de prisão ativo e continua foragido

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Foto: Divulgação / Câmara de Dona Emma

Foto: Divulgação / Câmara de Dona Emma

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Três meses depois, o vereador do município de Dona Emma, Valdir Siqueira, continua foragido. Ele é o principal suspeito do assassinato do empresário Luciano Mafassoli, de 45 anos, durante uma discussão por política em um bar da cidade.

 

Valdir está com um mandado de prisão ativo, porém, ainda não se apresentou à polícia. Segundo a Polícia Civil, o inquérito policial foi finalizado e encaminhado ao Fórum da Comarca de Presidente Getúlio. O processo tramita em segredo de Justiça.

 

Suspeito de matar empresário em Dona Emma continua ocupando cargo de vereador – Foto: Foto: Divulgação/Bombeiros Voluntários de Presidente Getúlio/ND

Fotos: Divulgação / BVPG

 

Segundo a Assessora Jurídica da Câmara de Vereadores de Dona Emma, Nicole Teresa Weber, o vereador Valdir Siqueira não compareceu nas Sessões desde o ocorrido. Ainda de acordo com a Assessoria, ele continua ocupando o cargo de vereador, visto que não está presente nenhuma causa de perda ou suspensão do cargo. “Por este mesmo motivo, até o momento não foi convocado suplente, sendo que as atividades da Câmara Municipal de Dona Emma estão ocorrendo normalmente com a participação dos 8 Vereadores e Vereadoras que compõem o Plenário”, comunicou.

 

Em conversa com o portal ND+, a Assessoria Jurídica esclareceu que o vereador não está recebendo salário e benefícios. A Assessoria Jurídica informou também que a vaga fica vazia até então. “Caso ocorra a prisão preventiva do Valdir, ele será considerado licenciado e o suplente será convocado. Caso ele falte injustificadamente um terço das Sessões Ordinárias do ano, Valdir perde o cargo de Vereador”, disse.

 

O advogado do vereador Valdir Siqueira, Franklin Assis, afirmou que aguarda a audiência para que as testemunhas sejam ouvidas. “Eu acredito que o Valdir vá a júri popular. O que a defesa não concorda e rebate veementemente, é a necessidade da manutenção da prisão. Entendemos que ele tem todo os requisitos pra aguardar esse processo em liberdade. Ele preenche todos os requisitos, para no caso de ir a júri, ir a júri popular em liberdade”.

 

Sobre o mandado de prisão em aberto, o advogado revelou que Valdir é considerado um réu oculto ao processo. “No momento ideal, no momento adequado, toda essa dinâmica dos fatos ficarão esclarecidas e esperamos da Justiça ao menos, a concessão da liberdade e que sejam fixadas outras medidas cautelares diversas da prisão, para que ele possa continuar respondendo esse processo em liberdade”, finalizou o advogado Franklin Assis.

 

O crime

 

Além de Luciano, que morreu no local, o vereador esfaqueou mais duas pessoas. Conforme testemunhas, as três vítimas estavam sentadas no balcão no lado de dentro da lanchonete desde cedo, pois tinham o costume de almoçar no local. O vereador chegou ao bar por volta das 14h daquele sábado (05/11) e sentou na parte de fora.

 

Em determinado momento, Valdir foi ao banheiro e, na volta, cumprimentou os três homens, mas apenas dois deles responderam. Já o empresário teria dito que não o cumprimentaria e xingou o vereador, com quem também tinha uma relação de amizade.

 

Os dois homens começaram a brigar e foram para fora. Em seguida, o vereador foi até a sua caminhonete, pegou a faca que estava embaixo do banco do carona e acertou três golpes em Luciano. Os outros dois envolvidos também ficaram machucados, porém sem gravidade.

 

Segundo o inquérito policial, o crime teria motivação política. Os dois ainda teriam feito uma aposta e, quem perdesse, deveria pagar uma certa quantia ao outro.

 

Fonte: ND+
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