Texto: Edina Costa Borghezan - Psicóloga
Setembro Amarelo é uma campanha que ocorre em todo o Brasil e tem como objetivo ressaltar a necessidade da prevenção do suicídio.
Hoje em dia, o suicídio é um problema de saúde pública no Brasil e a sua ocorrência tem crescido entre os jovens. De acordo com os números oficiais, 32 brasileiros se matam por dia. Essa taxa é maior do que as de vítimas de AIDS e da maioria dos tipos de câncer. A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, é a terceira maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, e na região Sul concentra 23% dos casos de suicídio no Brasil.
Falar sobre suicídio não estimula ou provoca o suicídio, pelo contrário, o diálogo é a melhor forma de se evitar o suicídio, então é preciso debater o assunto, pois pesquisas indicam que 90% dos casos podem ser evitados quando há orientação e ajuda adequada.
O suicídio pode afetar pessoas de diferentes classes sociais, idades, e orientações sexuais. É uma questão de saúde pública porque envolve muitas perdas, sequelas, gastos e desestruturação familiar, pois quando o suicídio acontece gera um impacto em pelo menos outras seis pessoas próximas, e isso influencia consideravelmente nos serviços de saúde.
A cada seis pessoas com depressão uma comete suicídio, portanto devemos estar atentos a qualquer mudança de comportamento, pois existe um mito que a pessoa que está pensando em suicídio não avisa, AVISA SIM, uma pessoa em sofrimento pode dar vários sinais que devem chamar atenção de seus familiares e amigos, geralmente essas pessoas mudam o seu comportamento, ficam mais isoladas, deixam de fazer coisas que antes eram prazerosas, ficam muito negativas, começam a usar frases do tipo: vou desaparecer, vou deixar vocês em paz, eu queria dormir e nunca mais acordar, usam frases depressivas e melancólicas nas redes sociais, começam a falar muito em morte ou morrer isso tudo se caracteriza em pensamentos suicidas que podem levar a uma fatalidade se a pessoa não receber ajuda de maneira correta.
A maioria das pessoas que cometeu suicídio deu aviso da sua intenção. E muitos suicídios ocorrem em um período de melhora, quando a pessoa tem energia e a vontade de transformar pensamentos desesperados em ação autodestrutiva. Cerca de 90% das vítimas de suicídio apresentavam algum transtorno psiquiátrico, sendo que o consumo de substâncias psicoativas, principalmente o álcool, pode potencializar e aumentar a probabilidade de tentativas de suicídio.
Jamais diante de uma pessoa que está pensando em suicídio devemos julgá-la, condená-la com frases: Isso é covardia, é loucura, é fraqueza, já passei por coisas piores que você. Opinar dizendo: Você só quer chamar atenção, falta Deus no seu coração, tantas pessoas com problemas mais sérios que os seus, levanta a cabeça, deixa disso, pense positivo a vida é boa. Essas frases só irão piorar o que a pessoa está sentindo e ainda irão fazer sentir culpada (o) pela situação que está passando.
Para ajudar quem está passando por esse problema, é necessário oferecer ajuda ouvir a pessoa sem julgar. Incentivar a pessoa a buscar ajuda de profissionais de Saúde. Se oferecer para acompanhar essa pessoa até um profissional, pois muitas vezes a pessoa não consegue mais procurar ajuda por conta própria. Nunca deixar a pessoa que está pensando em suicídio sozinho (a) retirar objetos que podem oferecer perigo como, facas, armas, remédios, venenos etc e ficar em contato constante, acompanhando a pessoa enquanto for necessário.
Em Taió pode procurar ajuda na Secretaria de Saúde com as Psicólogas Edina e Simoni nos serviços de Saúde ESFs postos de saúde, Samu, Bombeiros, Hospital e pelo contato 141 – CVV Centro de Valorização da Vida.
