Jornal Metas
Mais uma bomba explode no centro político brasileiro. Nesta segunda-feira, dia 26, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, formalizou a sua denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) pelo crime corrupção passiva. Assim, o político peemedebista entra para a história como primeiro presidente brasileiro em mandato a ser responder por um crime comum. A acusação contra o presidente tem relação com os recentes escândalos envolvendo Temer e a JBS do empresário Joesley Batista. O presidente chegou a ser filmado negociando propinas e dando aval para compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, também do PMDB.
Agora, a denúncia precisa ser aprovada na Câmara dos Deputados e pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso ocorrendo, Temer seria afastado da presidência por seis meses e, caso seja condenado, perderia o mandato e pode ficar preso por até 12 anos e pagar uma multa milionária.
Investigação
A investigação contra o chefe do Poder Executivo começou em maio passado, após um acordo de colaboração premiada firmado por diretores da JBS com o Ministério Público Federal. O empresário Joesley Batista, sócio da JBS, gravou um diálogo com o presidente no qual relatou o cometimento de uma série de crimes. Entre eles, o de comprar o silêncio do ex-deputado federal e aliado do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o de pagar propina a membros do Ministério Público de do Judiciário e o de tentar ter influência no Governo por meio de representantes da gestão federal.
