O Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a condenação de 25 anos de prisão a Luan Loch Carlota, padrasto acusado da morte da Mariah Della Giustina Gonçalves, de 10 meses. A decisão foi da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina na terça-feira (13).
A criança foi assassinada na manhã de 25 de fevereiro de 2017, enquanto o padrasto cuidava dela em casa, no bairro Lado da União, em Braço do Norte, também Sul do estado. A mãe estava trabalhando em um salão de beleza. Luan tinha 21 anos na época do crime.
O homem havia sido condenado em fevereiro deste ano, por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel, com agravante de pena pela vítima ser menor de 14 anos. Também foi condenado por submeter a menina a intenso sofrimento físico, de forma a caracterizar o crime de tortura. Houve aumento da pena pela agressão ter sido feita contra uma criança.
A defesa de Luan havia recorrido na Justiça para anular a condenação por tortura, substituindo para lesão corporal, para a diminuição da pena. Desembargadores negaram por unanimidade a solicitação, mantendo a pena de 25 anos, cinco meses e 23 dias de prisão em regime inicialmente fechado.
Investigação
Na época do crime, o delegado responsável pela investigação, William Cesar Sales, contou que o acusado relatou que a criança estava chorando muito e que ele não dormia havia algumas noites por causa disso, e que por isso ele cometeu o crime.
A criança tinha hematomas pelo corpo, mordidas nos braços e nos ombros. O fêmur da criança também tinha fratura pelas agressões. O Instituto Médico Legal (IML) apontou que a morte foi ocasionada por um bloqueio da respiração de forma externa, por conta das marcas de pressão que ficaram no rosto da vítima. O padrasto e a mãe da menina foram detidos no velório de Mariah poucas horas depois do crime. A mãe, porém, foi solta horas depois.