Rui Car
08/03/2022 14h28 - Atualizado em 08/03/2022 16h31

Vídeo: Três pessoas vão parar no hospital em Vitor Meireles após levarem picadas de abelhas africanas

De tão perigosas, passaram a ser conhecidas em todo o mundo como abelhas assassinas

Assistência Familiar Alto Vale
Imagem ilustrativa (Foto: Divulgação)

Imagem ilustrativa (Foto: Divulgação)

Delta Ativa

O Corpo de Bombeiros Voluntários foi acionado por volta das 09h30 desta terça-feira (08) para atendimento a uma ocorrência de ataque de abelhas na localidade de Sabugueiro, em Vitor Meireles. No local, a guarnição constatou se tratar de um ataque de abelhas africanas, um animal muito perigoso.

 

Três vítimas foram conduzidas ao Hospital Angelina Meneghelli por populares, apresentando reações alérgicas subcutâneas. Segundo informações repassadas pelo hospital, cada um sofreu aproximadamente 50 ferroadas. Outras três foram atendidas no local, porém negaram transporte para avaliação médica. O quadro clínico de ambas as vítimas apresentam estáveis e fora de perigo.

 

Quem passar de carro pela localidade, deve passar de vidros fechados para evitar ser picado. Motoqueiros e pedestres devem evitar passagem pelo local.

 

O bombeiro Jeferson Pawlack explica um pouco mais sobre a situação e também dá orientações:

 

 

Sobre as abelhas africanas:

 

Porque elas são muito mais agressivas que suas irmãs européias. As africanas atacam em número maior e em apenas 30 segundos são capazes de injetar oito vezes mais toxinas em suas pobres vítimas.

 

Durante milhares de anos, por influência do meio ambiente, as características genéticas e comportamentais das abelhas africanas foram se diferenciando das européias, que são muito mais mansas e fáceis de domesticar”, afirma o biólogo Osmar Malaspina, do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Universidade Estadual Paulista (UNESP).

 

Acredita-se que o modo agressivo como os nativos africanos retiravam o mel, ateando fogo nas colônias, teria provocado a formação de um espírito tão guerreiro na espécie. Assim, as abelhas africanas ficaram tão preparadas para a autodefesa que percebem vibrações no ar a 30 metros de distância e já se sentem ameaçadas quando alguém chega a menos de 15 metros da colméia. Quando atacam, podem perseguir sua vítima por mais de 1 quilômetro.

 

De tão perigosas, passaram a ser conhecidas em todo o mundo como abelhas assassinas. O apelido não pegou à toa: desde a década de 50, mais de 1 000 pessoas já morreram por causa de suas picadas só no continente americano.

 

No Brasil, elas chegaram em 1956, trazidas pelo agrônomo paulista Warwick Estevan Kerr, que queria melhorar a produção de mel – mais resistente a doenças, a africana é mais eficiente. Kerr trouxe 51 rainhas para o interior de São Paulo. Dois anos depois, um técnico deixou, por descuido, que algumas escapassem da colônia experimental. Desde então, elas espalharam tanto seus genes que, hoje, cerca de 90% das abelhas do país são descendentes do cruzamento dessa espécie com a européia.

 

A partir do Brasil, elas invadiram quase toda a América do Sul e a Central, e chegaram aos Estados Unidos em 1990, driblando os vários centros de controle construídos na fronteira deste país com o México.

 

Fonte: Corpo de Bombeiros Voluntários de Vitor Meireles / Rádio Educadora 90,3 FM / Mundo Estranho
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