Rui Car
25/01/2018 17h25 - Atualizado em 25/01/2018 16h03

Vigilância deve ser alertada em caso de contato com lagartas

Existem diversas espécies de lagartas, sendo a mais perigosa a Lonomia obliqua

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Correio Lageano

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“Mãe, o que acontece se encostar em uma lagarta?” Essa foi a frase que assustou a professora Ranilda Buratto, após perceber que o filho de 8 anos, Gustavo Buratto, havia machucado a mão após encostar em um inseto. O fato ocorreu na Rua Marechal Deodoro, no Centro de Lages, no último sábado (20).

 

Uma lagarta com a pelagem verde, chamou a atenção do menino, que com a curiosidade normal de uma criança, encostou no animal. Imediatamente, uma mancha vermelha apareceu na mão, o que preocupou Ranilda, que correu para o Hospital Infantil Seara do Bem.

 

 

No hospital, a médica pediu para ver o animal, mas como a família não havia recolhido, mostraram uma imagem da internet. Em contato com o Centro Toxicológico em Florianópolis, ficou atestado que a lagarta do Centro não era perigosa. Entretanto, Gustavo precisou tomar antialérgico e ficar em observação.

 

Na segunda-feira (22), o CL esteve no local onde ocorreu o contato e o inseto ainda estava na árvore. Devido à cor do pelo, a primeira impressão que se tem, é que o animal faz parte das folhagens, o que facilita o contato dos mais desatentos.

 

De acordo com o biólogo do Centro de Zoonoses, Márcio Rodrigues da Silva, existem diversas espécies de lagartas, sendo a mais perigosa a Lonomia obliqua, que nunca foi encontrada em Lages. Entretanto, casos de contágio com outras lagartas já foram registrados no município. No ano passado, foram notificados, à Vigilância Epidemiológica, três ocorrências de contato com o inseto.

 

Neste ano, o órgão não recebeu nenhuma notificação. A gerente da epidemiologia, Sumaya Pucci, explica que nesses casos, durante o atendimento médico, é preciso notificar a Vigilância, que auxilia o contato com o Centro Toxicológico para definir se será necessário o uso de medicamento específico. Em Lages, caso seja necessário o uso de soro, a Vigilância Epidemiológica oferece. Em seguida, o órgão faz contato com o Centro de Zoonoses, que faz o recolhimento do inseto para análises.

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